Tarifas tiveram aumento em março e devem subir ainda mais até o final do ano
Em março, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – reajustou em 23,4% as tarifas de energia elétrica em todo o Brasil. Além da alta no valor para as residências, o aumento pesou no bolso do agricultor, que viu o custo de produção na agricultura irrigada subir cerca de 30% desde o começo do ano.
“O aumento (no custo de produção) está relacionado à necessidade de irrigação, pois temos períodos em algumas regiões no Brasil que é necessário irrigar do início ao final da cultura”, explica Alfonso Adriano, presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP).
No Paraná, estado onde Alfonso pratica a agricultura irrigada, o aumento nas tarifas chegou a 38%. Com isso, a atividade hoje representa de 15% a 20% os gastos totais a mais ao produtor.
Esse cenário ainda pode piorar. Isso porque o Banco Central estima uma alta de 43,4% para as tarifas até o final de 2015. Caso as previsões se confirmem, o agricultor ficaráimpossibilitado de trabalhar com agricultura irrigada. “Acredito que em várias regiões, a atividade possa se tornar inviável, principalmente onde a irrigação não seja de suplementação. O produtor também pode restringir o uso, para utiliza-la apenas para “salvar a cultura” nos casos de déficit de chuva”, diz o presidente da entidade.
Medidas para economizar
Diante da previsão de elevação nas tarifas, o presidente da FEBRAPDP recomenda o sistema de plantio direto. “Esse sistema reduz em 30% o uso da água, que consequentemente reduz o uso da energia elétrica”. Veja outras medidas citadas por Alfonso para que o produtor possa economizar ainda mais com as tarifas de energia:
– Evitar irrigar nos períodos mais quentes do dia e com ventos fortes;
– Utilizar emissores de baixa ou ultra baixa pressão em sistemas de irrigação pressurizados;
– Otimizar a irrigação no horário de incentivo, que fica entre às 23 horas e 5 horas da manhã.
Fonte: Redação Uagro