A safra da cana-de-açúcar deve se estender até março deste ano, isso porque as chuvas constantes estão impedindo a colheita em Mato Grosso do Sul. As máquinas não conseguem entrar nas lavouras e consequentemente, as usinas param de moer por falta de cana.
Quando a lavoura e a usina trabalham em ritmo acelerado, a safra termina em meados de novembro. Mas nos últimos anos, o clima tem interferido na colheita e o fim passou a ser entre janeiro e março. Com isso, 50% das usinas de açúcar e álcool ainda estão moendo.
Números da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) mostram que o volume acumulado de cana-de-açúcar processada até o momento é de 43,28 milhões de toneladas, 4% maior em relação ao mesmo momento na safra anterior.
Até a segunda quinzena de dezembro foram produzidas 1,23 milhão toneladas de açúcar, volume 6% menor que a produção registrada anteriormente, que foi de 1,31 milhão de toneladas. Essa retração acontece por vários fatores, como o preço baixo do açúcar e as condições climáticas.
Com o preço do etanol mais competitivo, as usinas preferiram produzir etanol. Por isso, até 31 de dezembro foram produzidos 611,5 milhões de litros de etanol anidro e 1,94 bilhão de litros de etanol hidratado, resultando 2,55 bilhões de litros de biocombustível produzido, volume 8,26% maior que na safra 2014/2015.
A safra da cana-de-açúcar começa em abril e segundo o presidente da Biosul Roberto Hollanda “a chuva não parou e dezembro foi um mês de baixa produção para as usinas. E como resultado do excesso de chuvas ao longo da safra, muitas unidades prorrogaram a safra, no Estado mais de 50% das usinas ainda estão em atividade.”
Fonte: http://www.canamix.com.br Apud Siamig