19º Encontro
UNESP DE ILHA SOLTEIRA RECEBEU REUNIÃO DO GIFC – GRUPO DE IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR.
Primeiro encontro de 2015, promovido no dia 12 de março em parceria com o DEFERS – Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da UNESP, reuniu pesquisadores da universidade, da UNICAMP e mais de 80 membros do GIFC
O GIFC – Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar realizou seu primeiro encontro do ano na UNESP de Ilha Solteira no dia 12 de março. Com o tema “Clima, Água, Irrigação e Produtividade em Cana”, a reunião contou com mais de 80 participantes, e marca a nova fase do Grupo, que busca ampliar as discussões com a sociedade, instituições governamentais, universidade e opinião pública sobre o manejo responsável e sustentável da água na agricultura da cana-de-açúcar.
O encontro recebeu palestrantes da UNESP e UNICAMP que debateram em conjunto com a diretoria do GIFC o manejo da água no atual cenário climático e os seus impactos na produção agrícola. A parceria com a universidade foi fundamental para o sucesso da primeira reunião de 2015. O encontro foi realizado em parceria com o Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da UNESP – DEFERS e contou com a coordenação técnica do Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP de Ilha Solteira e Conselheiro do GIFC.
Na abertura do evento, o vice-diretor da UNESP de Ilha Solteira, Edson Lazarini, deu boas-vindas aos participantes e destacou a importância do evento. Lazarini relembrou sua trajetória profissional de engenheiro agrônomo iniciada em usinas de cana, o desenvolvimento da fertirrigação no setor e defendeu a irrigação como parte fundamental de um pacote tecnológico que pode tornar o segmento sucroenergético economicamente sustentável. “A irrigação de cana oferece muitas oportunidades ainda a serem realizadas no país. Parabéns ao GIFC por essa iniciativa”, concluiu Edson Lazarini.
O Prof. Dr. Luiz Malcolm de Mello, chefe do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos da UNESP de Ilha Solteira, destacou o papel que a irrigação pode ter para alavancar a produtividade dos canaviais. “Por que as outras culturas como soja e milho conseguem aumentar a produtividade e a cana não? O setor precisa buscar essa produtividade para sair da crise”, reforçou Mello. Na sequência, o Diretor Executivo do GIFC, o Engenheiro Agrônomo Marco Viana falou sobre as principais ações e resultados do Grupo em 2014 e a estratégia de atuação e comunicação em 2015.
Marco Viana apresentou a nova diretoria do GIFC e o modelo de gestão adotado, o cronograma de reuniões para 2015 e destacou a importância do relacionamento do Grupo com instituições setoriais, universidades e governos, e o papel do GIFC representar o segmento de irrigação em cana junto à opinião pública com informações que mostrem que a atividade visa a produtividade sustentável. O presidente do GIFC, Patrick Campos, afirmou que o desafio é grande. “Temos que mostrar que é possível fazer bem feito e que dá resultado investir na irrigação, além de mostrar que ela é um seguro em regiões que são atingidas por variações climáticas”, defendeu Campos. O presidente do GIFC também apresentou seu projetos para a gestão 2015 do Grupo, que tratam da criação de índices padronizados de custos, discussão sobre oportunidades de barramento, automação, gestão em tempo real e integração de atividades nas usinas com foco no melhor desempenho da irrigação.
Irrigação Responsável
CLIMA, ÁGUA, IRRIGAÇÃO, PRODUTIVIDADE E COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE EM DEBATE NO ENCONTRO DO GIFC
Palestrantes e diretoria do GIFC discutem as práticas responsáveis e sustentáveis para o manejo da água, políticas públicas, segurança e pegada hídrica, além da importância da comunicação com a sociedade sobre o papel da irrigação na agricultura
O GIFC – Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar saiu da primeira reunião de 2015 com a missão de redigir um documento em defesa do manejo da água sustentável e responsável, a carta de Ilha Solteira. O encontro promoveu debate intenso sobre os principais temas caros ao setor e que chegaram, recentemente, por conta da forte estiagem, às páginas de veículos da grande mídia e passaram a ser discutidos pela opinião pública.
Desde a primeira palestra do encontro, apresentada pelo Professor Dr. Ronaldo Cintra, da UNESP de Dracena, que falou sobre a “Importância do monitoramento climático, a instabilidade climática em 2014 no Estado de São Paulo e impactos na agricultura e demais atividades econômicas”, até o debate de encerramento, o cenário climático atual esteve em pauta. O professor Ronaldo Cintra mostrou como a parceria da UNESP com o CIIAGRO – Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas, entidade do governo de São Paulo, é importante por fornecer dados fundamentais para a segurança hídrica e afirmou que o uso da água na agricultura deve estar presente nas discussões de política pública.
O Professor Dr. Fernando Braz Tangerino Hernandez, da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP de Ilha Solteira e Conselheiro do GIFC, falou sobre o “Balanço hídrico, apoio ao irrigante, necessidade de irrigação, uso da água e resultado econômico: como estabelecer sinergia?”. O professor ressaltou que, apesar de correntes da opinião pública tentarem transformar os agricultores em vilões da crise hídrica, devido ao consumo de água para a produção de alimentos, “o Brasil não vai fugir da sua característica agrícola” e defendeu ações conjuntas para enfrentar o cenário climático. Tangerino elencou em sua palestra temas de destaque como uso de informações sobre clima e produção, reservação de água nas bacias hidrográficas, o conhecimento dos ambientes de produção, escolha varietal e a conscientização da sociedade por meio da comunicação sobre as práticas do setor.
Eduardo Augusto Agnellos Barbosa, Doutor em Engenharia Agrícola da FEAGRI – Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP, explicou os mitos sobre o conceito de pegada hídrica com a palestra “Pegada hídrica: o que é isso e como produzir mais, melhor e com eficiência econômica?”. Ele defendeu que é preciso ter conhecimento ao se comparar a pegada hídrica na cultura de cana em relação a outras culturas. “A mídia utiliza esse novo conceito para causar impacto na opinião pública. Temos que pensar na eficiência. A cana utiliza água para produzir alimento, combustível e energia, é muito mais eficiente”, afirmou Barbosa.
No debate de conclusão do encontro, mediado por Ricardo Pinto, Engenheiro Agrônomo e Sócio-Diretor RPA Consultoria, a diretoria do GIFC e palestrantes concordaram que é preciso comunicar de forma efetiva junto à sociedade, formadores de opinião, entidades governamentais e setoriais a relevância econômica do segmento sucroenergético e o potencial de expansão sustentável e responsável da agricultura irrigada no país. “Na agricultura, a água não é desperdiçada, não desaparece. Ela faz parte do ciclo hidrológico”, reforçou o professor Fernando Braz Tangerino, ressaltando que água utilizada na irrigação retorna à atmosfera em forma de vapor e também alimenta o lençol freático.
GIFC TROCA EXPERIÊNCIAS SOBRE GESTÃO DA ÁGUA DURANTE A FENICAFÉ – FEIRA NACIONAL DE IRRIGAÇÃO EM CAFEICULTURA
Marco Viana, superintendente do GIFC – Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar, acompanhou as discussões sobre a gestão eficiente da água para irrigação promovidas durante a feira, realizada entre 03 e 05 de março em Araguari – MG
O uso de novas tecnologias e a importância da gestão eficiente da água marcaram as discussões e apresentações promovidas durante 20ª edição da Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, a Fenicafé, realizada de 03 a 05 de março, em Araguari, no Triângulo Mineiro. Marco Viana, superintendente do GIFC – Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar acompanhou de perto as palestras do XVII Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, que aconteceu durante a feira, trocou informações sobre o manejo responsável da água e traz do evento experiências de sucesso para as próximas atividades e iniciativas do GIFC.
Para Marco Viana, a participação na Fenicafé foi importante para conhecer um dos principais eventos sobre irrigação realizados no país. Paralelo à feira, que recebe um público médio de 25 mil pessoas vindas de todas as regiões produtoras de café do país, são promovidos dois eventos. Além do Simpósio, aconteceu também o XX Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura no Cerrado. “O evento é grandioso e comprova que o manejo responsável da água deve ser discutido e difundido. Os cafeicultores dão um bom exemplo para o setor sucroenergético. Trazemos da feira ótimas experiências para a segunda edição do Irrigacana – Seminário Brasileiro de Irrigação de Cana-de-Açúcar com Água, que será realizado em Ribeirão Preto em 2015”, avalia Viana.
O superintendente do GIFC destaca ainda que o atual cenário climático e os efeitos na produção agrícola também foram temas dos debates e apresentações promovidas na feira. Viana entende que investir em eventos setoriais é fundamental para contribuir para o desenvolvimento do segmento. Ele lembra a declaração do presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio Assis, que afirmou que “a Fenicafé trouxe inovações e tecnologias para o uso responsável da água. Hoje, com as novas técnicas de irrigação, pudemos reduzir em 50% o uso da água na irrigação das lavouras”.
Marco Viana traz da Fenicafé outra experiência importante. “Em todas as palestras que assistimos, ouvimos o que temos difundido em nossos encontros do GIFC. Não falta água no país, falta é gestão da água”, afirma o superintendente do GIFC. Ele destaca as palestras do professor-doutor André Luis Teixeira Fernandes, pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e extensão da Universidade de Uberaba (MG), que falou sobre irrigação por gotejamento e reforçou a importância de reafirmar que a agricultura não é a vilã da crise hídrica do país. Outra palestra de destaque foi do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mário Cicarelli Pinheiro, que falou sobre a “Importância dos recursos hídricos para a produção de alimentos”.
Notas:
– Parceiros do GIFC
O GIFC iniciou 2015 com apoio renovado de diversos patrocinadores e a participação de novas empresas como apoiadoras das ações do Grupo. Conheça nossos patrocinadores, fundamentais para o sucesso das atividades desenvolvidas pelo GIFC: Enalta, Agrichem, Alvenius, Fockink, Irriga Brasil, Hidro Ambiental, Irriga Engenharia, Netafim, NaanDanJain, Petrofisa, Raesa, Valley (Valmont), Case e Ihara.
– Próxima Reunião
Não perca tempo e faça sua inscrição para o 20º Encontro do GIFC, que será realizado no dia 16 de abril, na Usina Cerradinho Bio, em Chapadão do Céu, Goiás. Com o tema Manejo de Canaviais Irrigados, o encontro promoverá palestras de especialistas do setor sobre ambientes de produção, nutrição entre outros temas, e de representantes da usina, que falaram sobre cana de alta produtividade e fertirrigação, além de visita às áreas irrigadas da Cerradinho. Para mais informações e inscrições, acesse o site www.gifc.com.br ou entre em contato pelo telefone: (16) 3602-0900.
– Carta de Ilha Solteira
O 19º Encontro do GIFC marca um importante momento na trajetória do Grupo. A partir das discussões levantadas durante a reunião entre especialistas do setor, participantes e diretoria do Grupo, será redigido um documento em defesa da agricultura irrigada, especialmente a cultura de cana. A Carta de Ilha Solteira vai ser destinada a autoridades governamentais, entidades setoriais, formadores de opinião e imprensa. O GIFC entende que é preciso informar de maneira objetiva e efetiva a sociedade sobre o manejo responsável e sustentável da água praticado pela agroindústria canavieira.