Seminário discute os cenários e perspectivas da irrigação da cana em momento que sinaliza possível recuperação do setor sucroenergético a partir de 2016, abrindo oportunidade para novos investimentos em produtividade.
Está chegando a hora e a vez do IRRIGACANA 2015 – II Seminário Brasileiro de Irrigação de Cana-de-Açúcar com Água, que acontece nos dias 28 e 29 de outubro no Centro de Eventos do RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto (SP). Mais de 200 profissionais já garantiram suas inscrições e a organização do encontro entra na sua reta final visando receber um público de até 500 pessoas para assistir a 16 palestras com especialistas brasileiros e estrangeiros.
“Vamos discutir e repercutir o que existe de mais moderno em irrigação da cana com água, o manejo sustentável e as perspectivas que existem para alavancar no Brasil esta primordial ferramenta de incremento da produtividade”, afirma Marco Viana, superintendente do GIFC, entidade que organiza o IRRIGACANA. Segundo dados levantados, apenas 10% da agricultura brasileira com potencial de irrigação adota este sistema, ou seja, os 90% restantes, com grandes áreas de canaviais, representam um significativo mercado a ser explorado.
Outro cenário que valoriza o Seminário é o atual momento do setor sucroenergético, que vivenciou um período de estrangulamento nos últimos anos e agora, apesar da recessão brasileira, dá indicadores de melhora com preços do açúcar, etanol e energia mais remuneradores no curto prazo. “Se esta conjuntura não resolve as distorções estruturais, ao menos possibilita as usinas a investir mais em irrigação para buscar o que necessitam para sair da crise: aumentar a produtividade”, explica Viana.
As palestras do Irrigacana serão divididas em quatro temários: 1) Reaprendendo a fazer projetos – Novos parâmetros e diretrizes para cana irrigada de máxima produtividade; 2) Inovação em irrigação de cana – Novidade em sistemas, controle e manejo; 3) Aprendendo com a crise hídrica – Como fazer da cana uma produtora de água; e 4) Decisão de investir em irrigação de cana – Novos métodos de comprovação de viabilidade.
Entre os palestrantes estão pesquisadores, consultores e representantes de instituições, agências de governo, empresas e universidades como Jalles Machado, Grupo Clealco, ESALQ, UFMG, UNESP, APTA – Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio, IAC – Instituto Agronômico de Campinas, ANA – Agência Nacional de Água, CENBIO – Centro Nacional de Referência em Biomassa, Embrapa, Terracal Alimentos e Bioenergia, Grupo Gloria (com usinas no Peru, Argentina e Equador), Bayer CropScience e outros representantes de empresas de irrigação, insumos e serviços do setor.
Destaque também para a presença do assessor do Departamento de Recursos Hídricos do Estado da Califórnia (EUA), Steven John Deverel, que também é presidente da consultoria norte-americana Hydrofocus. Informações sobre a programação completa do evento e inscrições estão disponíveis no site www.irrigacana.com.br.
23º Encontro
ENCONTRO DO GIFC NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ABRE NOVAS POSSIBILIDADES DE PARCERIAS PARA A IRRIGAÇÃO
Evento promovido na Escola de Agronomia da UFG no último dia 17/09 aumentou integração entre o Grupo, órgãos ambientais, técnicos e empresas para fomentar a irrigação de cana na região Centro-Oeste.
O Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar (GIFC) realizou no último dia 17 de setembro, em Goiânia (GO), seu 23º encontro para discutir avanços, desafios e oportunidades na atividade de irrigação canavieira. O evento aconteceu na Escola de Agronomia da Universidade Federal do Goiás (EA-UFG) e reuniu cerca de 60 participantes entre técnicos, especialistas, produtores, estudantes, empresas e profissionais ligados ao segmento.
O principal resultado do Encontro foi o estreitamento do GIFC com a EA-UFG e com os órgãos ambientais de Goiás e federais, tirando dívidas e fazendo esclarecimentos sobre as possibilidades da irrigação. Segundo dados apresentados, hoje no Brasil existem quase 6 milhões de hectares de áreas de agricultura irrigadas, mas este número poderia ser multiplicado por dez caso houvesse investimentos e condições favoráveis para esta ampliação, principalmente na região Centro-Oeste e na cultura da cana-de-açúcar.
“Esta realidade nos possibilita planejar e investir, em parceria com a UFG, governo estadual e empresas do segmento, na criação de um centro de pesquisa de irrigação da cana em Goiás”, afirmou Marco Viana, superintendente do GIFC. O Grupo já possui ou estuda alianças e pesquisas conjuntas com importantes instituições como UNESP-Ilha Solteira, UFSCar, USP-ESALQ e PECEGE.
O tema principal do 23º Encontro foi a construção de barramentos, seus benefícios e dificuldades, abordando desde o planejamento até a construção e custos. Com a coordenação de Patrick Francino, Gestor Coorporativo de Irrigação do Grupo Jalles Machado S/A e presidente do GIFC, o evento teve em sua programação palestras, debate e uma visita técnica à barragem da UFG.
Os participantes assistiram às apresentações do professor Adão Wagner Pego Evangelista, da UFG, sobre “Quais os Passos para Fazermos Reserva de Água”; de João Ricardo Raizer, da SEMARH – Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás, a respeito de “Quais as etapas e prazos para obtermos Outorgas de Barragens para Irrigação”.
Em seguida foram ministradas as palestras de Cristiano Egnaldo Zinato, Coordenador Geral da Secretaria Nacional de Irrigação, sobre “Utilidade Pública e Interesse Social dos Barramentos para a Agricultura Irrigada”, e de Joselito Bonifácio Oliveira, representante do BNDES, a respeito do “Modelo de Financiamento de Barragens para Irrigação de Médios e Grandes Produtores”.
O evento gerou bastante interesse entre os presentes e ainda contou com um debate, almoço e visita técnica à barragem da UFG. “Ficamos satisfeitos com o nível das discussões e confiantes no sucesso do II IRRIGACANA, evento que promoveremos nos dias 28 e 29 de outubro em Ribeirão Preto sintetizando todas as discussões que tivemos ao longo do ano sobre irrigação e como iniciar um novo ciclo de investimentos nesta área”, conclui Viana.
Adutoras
ALERTA PARA PROBLEMAS QUE PODEM AFETAR ADUTORAS DE IRRIGAÇÃO E FERTIRRIGAÇÃO
Entre os principais riscos apontados por especialistas durante reunião técnica realizada pelo GIFC em Itumbiara estão as altas temperaturas de vinhaça, excesso de resíduos encontrados nas tubulações e falta de manutenção das adutoras e seus componentes.
As usinas de cana-de-açúcar devem seguir as premissas básicas de um projeto de implantação de adutoras de irrigação e fertirrigação para evitar falhas em instalação, operação e manutenção, que podem acarretar diversos problemas, como prejuízos para o meio ambiente e para a produção das empresas. Essa é a mensagem que o Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar está reforçando junto aos seus associados e quer levar a todo o setor sucroenergético como resultado da primeira Reunião Técnica para Análises de Adutoras de Irrigação e Fertirrigação, promovida no dia 04 de setembro, na Raesa, em Itumbiara (GO).
A ideia de discutir com os associados do grupo e especialistas de empresas fornecedoras de equipamentos e tecnologias os conceitos básicos de dimensionamento hidráulico, instalação, operação e manutenção de adutoras de irrigação e fertirrigação nasceu a partir da observação de vários problemas, como vazamento e estouro de adutoras que podem afetar as unidades sucroenergéticas. O encontro marcou também a criação de um comitê de monitoramento de adutoras, que visa entender e propor soluções para os problemas.
A reunião contou com apresentações de engenheiros representantes das empresas Hidro-Ambiental, Petrofisa, HidroEng Engenharia, Tecnologia Hidráulica e Raesa, entre outros convidados do GIFC. O gerente geral da Hidro-Ambiental, Miguel Guazzelli, coordenou a reunião e destacou que os riscos que podem afetar as adutoras ocorrem por falhas em diversos processos, que passam pelo projeto, implantação, execução e manutenção. Ele afirma que os problemas colocam em risco até mesmo as usinas novas que não seguiram as premissas básicas preconizadas para os projetos de adutoras.
Segundo técnicos da Petrofisa, a exposição das tubulações de RPVC a temperaturas maiores do que 45° pode diminuir sua vida útil em até 30%. Isso significa que, eventualmente, projetos que foram elaborados considerando uma vida útil de pelo menos 10 anos podem estar consideravelmente comprometidos e tendo sua utilização limitada há, no máximo, 7 anos, e necessitam serem reavaliados. Muitos sistemas de distribuição de vinhaça foram instalados entre 2008 e 2009 nas usinas brasileiras, o que acende um sinal de preocupação com relação ao tema.
Além disso, outros problemas operacionais e de manutenção das adutoras foram detalhadamente apresentados pelo engenheiro agrícola Osvaldo Arce de Brito, da empresa Hidroeng, que deixou claro a necessidade das usinas olharem com cuidado e a devida importância para as suas adutoras, derivações e sistemas de operação de fertirrigação em geral.
Na conclusão do encontro, o engenheiro agrícola Marcelo Ferrero, diretor da Raesa, apontou para a grande quantidade de sujeira que acaba indo para as tubulações e adutoras, danificando principalmente as adutoras, mas também contribuindo seriamente para a diminuição da vida útil de todo o sistema. Para solucionar todos os problemas discutidos na reunião, foi sugerida primeiramente a elaboração conjunta de manuais de orientação para projeto, operação e manutenção de adutoras em fertirrigação.
“Com essa iniciativa pretendemos oferecer aos nossos associados e usinas de todo o país a prestação de um serviço de informação que visa difundir as melhores práticas e modernas tecnologias de irrigação e fertirrigação em cana. Essa é uma das missões do GIFC. Identificar gargalos que podem ser corrigidos e contribuir para o desenvolvimento estratégico do setor”, conclui Marco Viana, superintendente do GIFC.
Notas
- 24º Encontro em Juazeiro
Programe na sua agenda: vem aí o 24º encontro do GIFC, que acontecerá no dia 26 de novembro, quinta-feira, em Juazeiro, na Bahia. A cada ano o Grupo promove um dos encontros do calendário na região Nordeste e em 2015 ele será promovido em Juazeiro, região com a presença de agricultura da cana 100% irrigada. A programação e o local do evento ainda estão sendo definidos e serão divulgados em breve, mas já é hora de começar a planejar a sua viagem!
- III Simpósio de Irrigação
Presente em alguns dos principais eventos sobre irrigação no país, o GIFC está patrocinando o III Simpósio de Irrigação – Tecnologias de Automação, que acontece nesta sexta-feira, dia 2 de outubro, no Pavilhão de Engenharia da ESALQ/USP, em Piracicaba. Com o objetivo de discutir e apresentar técnicas atuais relacionadas a tecnologias de automação dos diversos tipos de sistemas de irrigação, o simpósio deve reunir cerca de 200 profissionais e contará com uma apresentação do GIFC a cargo de Leonardo Viana, supervisor de P&D do Grupo.
Chegou a hora de você se inscrever no IRRIGACANA 2015 – II Seminário Brasileiro de Irrigação de Cana-de-Açúcar com Água e fazer parte do maior e mais importante fórum de discussões sobre o tema! Faltam poucas semanas para o evento que acontece nos dias 28 e 29 de outubro no Centro de Eventos do RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto (SP). É fácil participar e garantir a sua vaga! Acesse o site www.irrigacana.com.br ou entre em contato pelo telefone (16) 3602-0900. Afinal, vem aí o IRRIGACANA 2015!
- Comitê de Patrocinadores
No final de agosto, durante a realização da Fenasuro 2015 em Sertãozinho (SP), o GIFC e seus patrocinadores formalizaram a criação de um Comitê para estreitar o relacionamento e a comunicação entre o Grupo e as empresas colaboradoras. A primeira reunião aconteceu na própria Fenasucro; a segunda após o 22° Encontro em Araras e a terceira ao final do 23º Encontro em Goiânia. Através do Comitê, gestores do GIFC e patrocinadores têm discutido ações e iniciativas para aprimorar os trabalhos e atingir os objetivos traçados.